sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

A QUE SABE A LUA? Michael Grejniec “Não há melhor fragata que um livro para nos levar a terras distante” Emily Dickinson


O meu trabalho à volta desta história foi desenvolvido em duas aulas e teve várias expressões. Uma delas foi possibilitar às crianças, pelo diálogo, depois de observarem um cartaz feito em papel cenário, a descoberta do título do conto. Registaram-se no quadro os títulos e por unanimidade os alunos escolheram o que mais se aproximou da imagem observada. De seguida, colocou-se o cartaz com a imagem da lua e o título impresso no topo, numa posição bastante elevada. Depois, procedeu-se à leitura da história com os diferentes animais executados com material de desperdício. Em simultâneo com a leitura da mesma, foram-se colocando os animais, no quadro, sobrepostos, até alcançarem a Lua. Atingida a lua, explorou-se o conto fazendo-se a interdisciplinaridade com as áreas curriculares (Estudo do Meio, Língua Portuguesa e Matemática). Abordou-se ainda o valor da amizade, a entreajuda, e a importância da recolha selectiva de materiais, partindo dos animais executados intencionalmente em material reaproveitado, com o intuito de alertar as crianças para uma consciência ecológica, e consequentemente para o bem do planeta.



Para finalizar esta aula as crianças participaram num jogo de leitura e escrita de palavras. Executaram-se em cartolina, tantas Luas como o nº de alunos das turmas (24 luas). Foi utilizada a técnica de pintura esponjada com guaches e esponjas e plastificadas as luas para não se danificarem. Em cada lua aplicou-se uma tira de cartolina com provérbios relacionados com a mesma. Colocaram-se as luas dentro de uma caixinha e, cada aluno, retirou uma, leu o provérbio, interpretou-o oralmente, escreveu-o e ilustrou-o no seu caderno diário. Para esta acção dividiram-se os alunos por grupos para estarem todos a trabalhar. Assim, o grupo um, escreveu dentro da lua, no cartaz que serviu de motivação, os sabores que idealizam para a mesma; o grupo dois ilustrou o conto, numa folha A4 e cada criança escreveu uma frase sobre o conto; o grupo três escreveu numa folha de cartolina os títulos que sugeriram para o conto. Todas as crianças foram rodando e participando nestas três tarefas. Na 2ª aula apresentaram-se os provérbios que já tinham sido trabalhados na aula anterior, em “postas”. Os referidos provérbios foram executados em cartolinas de cores variadas e plastificados. Mantiveram-se os grupos e distribuiram-se a cada grupo um conjunto de provérbios. Fez-se aqui um pequeno jogo de competição. Pediu-se aos alunos que completassem os provérbios e seria vencedor o grupo que terminasse em primeiro lugar. Estas actividades foram desenvolvidas com os alunos de 3º,e 4º anos. A aula culminou com uma surpresa. Um aluno de cada vez e de olhos fechados, retirou um bombom de uma caixa e saboreou-o como se, do sabor da lua se tratasse. Depois, observaram o papel do bombom e disseram o nome do fruto que cada um continha. Para os alunos de 1º e 2ºanos as actividades foram obviamente diferentes. Assim, ao invés de se colocarem os provérbios no interior das pequenas luas executadas, pintadas e plastificadas, pôs-se uma tira de cartolina com duas ou três palavras impressas com as letrinhas já conhecidas e relacionadas com a história. As Luas foram colocadas numa caixinha e, cada aluno retirou uma, leu em voz alta as palavras soltas e escreveu uma frase no seu caderno diário, utilizando todas as palavras que tinha a sua lua. Depois, ilustraram as respectivas frases. No cartaz utilizado para a motivação do conto, as crianças escreveram a frase que elaboraram, no exterior da lua, que aí estava desenhada. No interior da mesma, escreveram o nome do alimento, que cada criança apreciava mais e que desejava como sabor da lua. Para que melhor resultasse esta acção, escreveu-se no quadro, o nome de alguns alimentos, com palavras que as crianças já sabiam ler e escrever (uva, pão-de-ló, limão, tomate, coco, cacau, nabo, melão, pipoca, romã, café e leite, bolo-rei, bolo de canela e nata, ovo, lula, pato, sopa, sumo, banana, couve, meloa, rabanete, pepino, cogumelo, queque de nata, queijo,…). As crianças leram em voz alta, todas as palavras e de seguida, uma criança de cada vez, foi ao quadro escolher e rodear, de entre todas aquelas palavras, a que mais gostava para o sabor da lua. Depois escreveram a palavra no seu caderno e posteriormente no interior da lua como já foi referido. Concluída a parte escrita, os alunos leram em voz alta as frases. Finalmente, e, em algumas turmas desenvolveu-se com as crianças, uma actividade de expressão plástica. Com esponjinhas, guaches e digitinta, pintaram no cartaz previamente elaborado, o interior da lua e o exterior – o céu. Também receberam bombons e o procedimento foi igual ao dos alunos do 3º e 4ºanos. As crianças adoraram a história e os animais executados em material recuperado. Participaram com muito, muito empenho e entusiasmo em todas as actividades. Foi muito gratificante para mim, constatar o interesse e a alegria com que os alunos se envolveram em todas as acções desta maravilhosa história.



Títulos sugeridos pelos alunos pela observação da imagem da capa do conto